Chegamos por volta das 14:30 para observar a chegada das pessoas, entretanto o evento começava às 15 horas. A grande concentração de pessoas se deu por volta das 17 horas. A maior parte do grupo foi embora às 18:15, excetuando-se dois membros que permaneceram até às 22 horas; o evento terminava às 23 horas. Estão descritos abaixo os principais pontos que enxergamos no evento:

 

comportamentos, atitudes e posturas: O comportamento das pessoas foi variado; permaneceram sentadas, caminharam entre os ambientes, visitaram as barracas de comida e artesanato, dançaram no hip hop de forma a interagir em grupos grandes com mais pessoas, conversaram em grupos menores no ambiente do Jazz, transitaram entre os dois palcos, sorriam, se divertiam. Percebemos que no ambiente de Hip hop o público era mais interativo. Já no de Jazz, era contemplativo, bebiam e fumavam mais que no Hip Hop. Havia muitas pessoas mexendo no celular e tirando fotos. Aparentemente, o foco do público, em geral, era prestigiar o evento e não socializar. 

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vestimentas e grupos: As vestimentas estavam variadas. A maioria de tênis e roupas neutras. Maior homogeneidade na vestimenta dos homens do que na vestimenta das mulheres, com diferentes opções, como vestido, shorts, calça e saia. Ambos os gêneros usavam jeans, blusas amarradas na cintura. Havia muitas pessoas tatuadas e com óculos de sol. Muita gente vestia mais o street style, roupas despojadas e afins. Poucas pessoas iam sozinhas, a maioria estava em casal ou em grupo. Observamos poucos casais homoafetivos. Vimos algumas famílias. O público era de maioria jovem e adulta, apenas alguns idosos, e crianças na faixa de 6-12 anos acompanhadas pelos responsáveis. Percebemos que havia mais brancos do que negros. Os vendedores vestiam roupas semelhantes às quais vendiam. Os funcionários do local estavam de uniforme, além da grande maioria ser negra. Tinha somente duas DJ's mulheres em uma maioria de homens, e todos se vestiam um estilo street também.

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códigos e preços: A casa das caldeiras é um patrimônio histórico tombado, com uma arquitetura industrial da década de 20, portanto sua arquitetura fazia jus à isso. No local, tinha um corpo de bombeiros. A pista de hip hop era de cimento queimado, não de piso; o ambiente do Jazz era aberto, com árvores e chão de terra batida. Havia um degrau de acesso à pista e uma rampa. Tinha chapelaria paga, barracas de artesanatos, roupas, acessórios, discos, livros, comidas e bebidas. No interior tinha globos de luz e, tanto no interior quanto no exterior, as paredes eram de tijolo baiano. Havia algumas regras, como de não poder ficar parado na escada, de não poder entrar com comida e água e de restrição de locais para fumar. Notamos que não pediam RG pra comprar bebida alcoólica. Além disso, havia separação entre banheiros cisgenero e binários. Os preços condiziam com o evento, lembrando que a entrada foi R$17,00. As bebidas custavam em média R$ 17,50 e as comidas também tinham um preço mais caro que o normal.